Bichinho

A apenas 8km de Tiradentes, o simpático distrito de Vitoriano Veloso atrai visitantes em busca de originalidade em artesanatos, móveis e obras de arte.

Bichinho é um lugar fantástico, e uma viagem a Tiradentes fica mais completa com Bichinho no roteiro. Com pouco mais de 1000 habitantes, o local inspira arte, já que sua característica mais famosa é o artesanato. São várias lojas e ateliês com destaque para a Oficina de Agosto, Além de restaurantes típicos, como os tradicionais Tempero da Angela e Pau de Angu. Vale também uma passadinha na Igreja de Nossa Senhora da Penha, construída em 1732 e concluída em 1771.

Mas o lugar tem muito mais a oferecer! É um dos destinos mais visitados por lojistas que buscam peças para revenda, por quem deseja descansar em um lugar calmo e bonito e por quem quer explorar melhor as belezas da Serra de São José. Além disso, está situado no Circuito Turístico Trilha dos Inconfidentes e faz parte Estrada Real. Situa-se estrategicamente entre as históricas cidades de Tiradentes e Prados, a qual pertence e da qual dista 12km.

Assim que se alcanças as estradas que dão acesso ao povoado, o tempo desacelera e a serra vira protagonista. A paisagem é composta por casas antigas, que abrigam ateliês, lojas de] artesanato, restaurantes e pousadas. Bichinho preserva as peculiaridades do interior com um clima pacato de roça, que atrai muitos turistas em busca de sossego e tranquilidade.

O povoado de Vitoriano Veloso, Bichinho como popularmente é conhecido, identifica-se com o que foram os primitivos povoados mineradores das Gerais. Surgiu nos primeiros anos do século XVIII, com a descoberta de ricas lavras de ouro em território pertencente a São José D'el Rei, atual Tiradentes, tendo como região mais produtiva um sitio denominado Gritador, ou "Greta D'ouro", evidenciando a existência deste mineral no local.

Em torno da mineração se reuniu pequena aglomeração humana, provavelmente fixa, chegando a ser necessária a construção de casas e de uma capela, a de Nossa Senhora da Penha. Ao lado deste monumento religioso, o povoado conserva ainda um significativo conjunto de moradias oriundas dos séculos XVIII e XIX. Hoje, o povoado é uma seqüência tanto de casas antigas quanto recém construídas, que apesar disso mantém o estilo rústico devido ao largo uso de adobe nas novas construções - que servem tanto como residências quanto como oficinas, ateliês, lojas de artesanatos.

A comunidade de Vitoriano Veloso recebeu o nome de um inconfidente que ali nasceu e viveu trabalhando como alfaiate após ter sido alforriado. Vitoriano Gonçalves Veloso foi o único inconfidente negro que se tem notícia. O alfaiate nasceu em 1739 e conhecia como ninguém as veredas do Caminho Velho, por isso, tornou-se mensageiro da inconfidência. Com seu fiel cavalo, percorreu as redondezas por dois dias levando a mensagem da prisão de Tiradentes. Foi acusado de traição, açoitado em público, teve metade de seus bens confiscados e foi degredado à África em 1803, onde morreu. Sua pena foi a pior simplesmente por ser negro. Seus restos mortais repatriados estão no Museu de Ouro Preto.

Da decadência do ciclo do ouro até a “redescoberta de Tiradentes”, o povoado viveu da agricultura e pecuária. Com o crescimento do turismo em Tiradentes, os habitantes desenvolveram uma certa cultura na produção de artesanato de esteiras de taquara, e de pequenos adornos de bijouteria fabricados para industrias de ourivesaria de Tiradentes.

Quem visita hoje o povoado vê uma seqüência tanto de casas antigas quanto recém construídas, que apesar disso mantém o estilo rústico devido ao largo uso de adobe nas novas construções - que servem tanto como residências quanto como oficinas, ateliês, lojas de artesanatos, mas esse cenário somente formou-se nos anos 90, com a chegada do artista plástico Toti.

Antonio Carlos Bech, conhecido como Toti, artista plástico, nasceu em São Paulo e assumiu jovem a profissão de antiquário. A pintura, sua paixão, o levou a buscar novas técnicas e mais conhecimento sobre arte na Itália.

De volta ao Brasil, em agosto de 1989, decide dar uma guinada em sua vida e parte em busca de um novo projeto: uma oficina itinerante. Começa pelo litoral: Ilha Bela-SP, Parati-RJ, e em seguida Bichinho-MG, onde se apaixonou pelo cenário e clima do lugar e estabeleceu sua Oficina de Agosto.

Aliando preocupação ecológica e comunitária, Toti desenvolve um grupo de artesãos locais, e comanda a produção de uma arte coletiva diferenciada e inovadora, com o uso de materiais reciclados encontrados na região. Provocando uma pequena revolução no vilarejo.

A oficina é um espaço colaborativo, onde Toti e outros artistas locais, podem expor suas mais belas obras.

O mais antigo e famoso ateliê do bichinho chegou a contar com mais de 100 funcionários, hoje são 50 funcionários e 100 terceirizados. Os funcionários experientes costumam sair e montar suas próprias lojas e oficinas, e a oficina precisa treinar pessoas inexperientes, geralmente oriundas de cidades da região. A Oficina de agosto é hoje uma referência nacional e até mesmo internacional, quando o assunto é artesanato brasileiro. A produção é coletiva, mas a criação é individual e há uma busca constante pela qualidade: São feitos muitos testes e modelos até chegar no ponto desejado e as peças possuem garantia.

Com o surgimento de uma nova geração de artesãos, oriundos da Oficina de Agosto, o pacato vilarejo foi mudando, ganhando um novo e colorido visual com a instalação de diversas oficinas e ateliês de artesanato que passaram a atrair um número cada vez maior de turistas, a maioria vindo da histórica e vizinha cidade de Tiradentes-MG. Tanto movimento estimulou a abertura de pousadas, restaurantes e atrativos pelo pequeno vilarejo. Os moradores de Bichinho, que só tinham como meio de vida a agricultura e pecuária, viram suas vidas mudarem através da arte.

Bichinho se orgulha de ser uma das grandes concentrações de artesãos do Circuito Trilha dos Inconfidentes e suas lojas e ateliês alegram e colorem o ambiente do pequeno povoado aos pés da Serra de São José.

O lugarejo tornou-se refúgio de vários artistas, que espalham seus ateliês pelas ruazinhas do distrito. Passando pela rua principal, vários exibem suas artes nas janelas e calçadas. Diversas galerias de arte, de todas as regiões do Brasil, compram obras de arte, esculturas e outras peças, dos ateliês de Bichinho.

A criatividade e simplicidade desses artesãos chamam a atenção dos visitantes. As peças e pinturas nascem do aproveitamento de material de demolição, madeira, ferro, lata, plásticos e tecidos de algodão. A qualidade das peças é que garantem as exportações para vários estados do país e até para o exterior. Móveis, telas, bordados, fuxicos, crochês, tapetes, esculturas, artigos de decoração, cama, mesa e banho e adornos em geral estão por toda a parte.

Vale destacar também a produção artesanal de doces, tradição que é passada de geração em geração e os restaurantes que servem a tradicional comida mineira feita no fogão a lenha.

Construída entre 1732 e 1771 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1949. Já passou por um processo de reforma e restauração, sofrendo acréscimos na parte lateral de sua edificação, dois anos mais tarde. As torres foram acrescentadas no início do século XX.

Fica localizada na avenida principal de Bichinho, de fácil acesso. Possui exterior simples, porém, seu interior é rico em obras do estilo Rococó. A ornamentação pictórica é atribuída a Manoel Victor de Jesus, que soube valorizar, sobretudo, os forros e púlpitos da igreja, com pinturas de grande qualidade.

A principal festividade religiosa ali celebrada, a festa da padroeira realiza-se no mês de setembro, com barraquinhas e banda de música, congregando toda a população e mais visitantes de municípios vizinhos.

A Casa Torta talvez seja o ponto turístico de Bichinho que mais chama a atenção . O espaço cultural na rua principal do povoado, logo na entrada, é, literalmente, uma casa torta, e é impossível não se impressionar.

Criada em 12 de outubro de 2016 pelo casal de atores, Renato Maia e Lu Gatelli, para ser a sede da companhia Entreato que comandam. O espaço é versátil e recebe oficinas, apresentações teatrais, gastronômicas e musicais para que os visitantes possam interagir com o espaço.

Além disso, dentro da casa existe um café, estilo bistrô e lojinha de souvenirs. Em cima das mesas, há baralhos, quebra-cabeças e jogos frases pintadas nos cantinhos da casa. A ideia é deixar o lugar aconchegante e confortável e estimular a imaginação e a criatividade. A casa é torta para quebrar regras e resgatar a criança de cada um.

• Moisés Pinto de Souza, 446 | (32) 3353-7186
• Funcionamento: quarta a domingo, das 10h às 17h
• Entrada: R$ 15,00 (hora)

Inaugurado em 2006, o Museu do Automóvel da Estrada Realreúne modelos do colecionador Rodrigo Cerqueira Moura que, desde 1976, começou a adquirir e restaurar diversos modelos de carros nacionais e importados.

Em 2006 fundou o Museu do Automóvel da Estrada Real, com cerca de 50 veículos. Desde então, se tornou ponto turístico imperdível da região. O museu é bastante específico e indicado para quem é apaixonado por carros antigos.

O local tem atualmente 70 automóveis europeus, americanos e nacionais, que foram adquiridos e restaurados por ele. Os destaques internacionais ficam por conta da raridade Renault Fragate de 1953 e do clássico Austin Mini. Dos nacionais, destacam-se o Simca Chambord e DKW Vemag. Além dos carros, há também bicicletas, motos e até um trator bastante raro da marca International Havester, modelo Farmall ano 1954.

Alguns dos modelos, podem até ser alugados, para eventos como casamentos, por exemplo.

O Museu fica no Sítio Pau D’angu, cerca de 5 km de Tiradentes, na estrada que liga a cidade ao Bichinho.

• Funcionamento: quarta a domingo de 9h às 18h
• Contato: (32) 3799-8033
• Entrada: R$ 20,00 a inteira

Bichinho tem três alambiques que produzem uma autêntica e saborosa cachaça mineira: o Velho Ferreira, o Mazuma e o Tabaroa. O primeiro fica após a igreja (há placas indicando), e produz uma das mais tradicionais cachaças de Minas Gerais, com uma história entrelaçada em três gerações dos “Ferreiras”. Já o Mazuma fica mais perto da entrada, na rua principal, e é mais moderno. Em ambos podemos conferir os processos de produção, fermentação e armazenamento em variados barris, além de degustar as cachaças e comprar direto do alambique. Já o Tabaroa, além do alambique, tem uma loja no centro, perto da igreja, e uma espécie de loja conceito em frente à Casa Torta, com formato de barril e vista para a serra.

Alambique Velho Ferreira

A história do Alambique Velho Ferreira foi passada de geração para geração. O alambique foi fundado oficialmente em 1997, mas a sua história é mais antiga que isso. O sonho do senhor Vicente Ferreira Rodrigues, um distribuidor da região entre década de 30 e 40 foi sustentado pelo filho Antônio Ferreira Neto, o “Velho Ferreira”, que transportava a iguaria, e ganhou vida pelo neto Cláudio Ferreira da Silva.

A produção totalmente artesanal é exposta em uma linda propriedade no Bichinho. A loja tem um ambiente aconchegante, em meio a natureza, e oferece licores e as três opções de cachaça da marca. È possível provar ainda de outros produtos artesanais da região.

• Rua do Engenho, 31
• Telefone: (32) 3353-7029
• Funcionamento: Segunda a sábado de 09h às 17h e Domingo de 10h às 13h.

Cachaça Mazuma Mineira

A Mazuma Mineira surgiu como um projeto de aposentadoria de seu fundador, Fábio. Empresário, após vender sua empresa, decidiu passar um ano curtindo Tiradentes, e nesse período, decidiu fazer um curso de Mestre Alambiqueiro. A paixão foi tamanha, que o Fábio e sua esposa decidiram fundar a cachaçaria, onde produziriam cachaças com o seu toque e qualidade.

Em visita a Bichinho, o casal viu uma grande oportunidade. Um espaço perfeito, onde poderiam idealizar o grande sonho. Hoje, nesse espaço, o visitante pode conhecer todo o processo, desde o plantio da cana, até a degustação e harmonização da cachaça.

A Mazuma Mineira é a única que oferece um tour completo, mostrando desde o começo até o fim, o processo de produção da cachaça. O tour é guiado por Sérgio, mestre Alambiqueiro responsável pela produção.

O alambique é todo moderno, utiliza equipamentos a vapor, e todo o processo utiliza a gravidade como método de transporte de um setor para outro, economizando assim bastante energia.

A Mazuma Mineira está em uma propriedade de 12 hectares, sendo 3,5 só de plantação de cana, selecionada e cortada a mão, para controle total de qualidade da cachaça.

Cerca de 16 mil litros de cachaça são produzidos por safra, distribuídos entre 6 diferentes tipos, provados ao final do tour, junto com queijos.

• Rua São Bento, 300
• Funcionamento: segunda e terça e de quinta a domingo das 10h às 18h
• Visitas guiadas aos fins de semana e feriados às 10h30 e 16h

Cachaça Tabaroa

Tradicional cachaça artesanal mineira, a Tabaroa iniciou suas atividades no ano de 1987, em Coqueiral no sul de Minas. Em 1999, transferiu sua produção para o Bichinho, lugar com características ideais para a produção de um destilado de qualidade como: localização, altitude, qualidade e quantidade de água.

Seu nome carrega simplicidade, pois tabaroa significa mulher simplória ou ingênua. Tem pequena tiragem, apenas 2 mil litros por safra, uma escolha do produtor Alexandre Teixeira Figueiredo para conservar as qualidades artesanais do seu produto.

O que mais atrai os visitantes é a loja conceito na rua principal do povoado. O local é bem interessante e agradável, serve porções e diversos tipos de bebidas, além da cachaça, obviamente. Junto com o bar, existe uma lojinha, que foi feita dentro de um barril gigante, antigamente utilizado na produção de cachaça.

• Rua Moisés Pinto de Souza, 446
• Funcionamento: diariamente de 8h às 18h

Uma atração para quem deseja observar pássaros, os contornos da serra de São José e as cidades ao redor, a antiga estrada de Tiradentes a Prados possui 10km de muita beleza que podem ser percorridos a pé, de bike ou carro, mas saiba que a estrada é tortuosa e estreita e só os carros maiores (com tração) conseguem passar.

Começa à esquerda do pórtico de entrada de Bichinho e vai até Prados, pelo alto da Serra. Se não puder percorrer todo o trajeto que leva cerca de uma hora de carro, recomendamos a ida pelo menos até o platô, um pouco depois do início. O visual da serra é incrível, principalmente durante o pôr do sol. Não esqueça de levar um agasalho pois venta muito.

Importante destacar que há outra estrada que liga Tiradentes a Prados, após o Bichinho, uma estrada plana, acessível, mas sem pavimentação na maior parte do trecho.

De Tiradentes até o centrinho de Bichinho, são 8km, em estrada de calçamento. Não é um trajeto rápido, devido às condições da rua, e leva em torno de 25 minutos. De Prados ao povoado são 12km, por uma estrada sem pavimentação. Em ambas as cidades há placas improvisadas indicando o caminho.

No caminho, a paisagem é o destaque, mas passa-se por galerias de arte, pontos turísticos e lojinhas de artesanatos.

Apesar de haver linha de ônibus, os horários são limitadores e pouco respeitados, então o recomendado é utilizar carro, taxi, bike ou cavalo.

O restaurante Tempero da Ângela é o mais famoso da região. Muitos vêm de longe provar o tal tempero que já figurou no Guia Quatro Rodas. Com sistema self-service com buffet liberado a preço fixo, a comida típica mineira feita no fogão à lenha é de lamber os beiços. Ainda tem sobremesa e cafezinho incluídos. A procura é tanta que é preciso retirar senha e aguardar na fila de espera. Custa R$ 32,00 por pessoa e não aceita cartões.

O Restaurante Pau de Angu é outra estrela no Guia Quatro Rodas, e fica numa área bem rural e bucólica, com vista panorâmica para a Serra de São José. Tudo no Pau de Angu é rústico, da terra, bem mineiro.

Outro lugar interessante para almoçar é o Sabor e Arte (onde era o Cozinha Flor), exatamente no mesmo sistema, com buffet liberado de comida mineira, com sobremesas e licores incluídos. É menos concorrido, portanto, sem filas, mas igualmente saboroso. A diferença é ser menos conhecido. O atendimento é excelente e o licor de chocolate com pimenta também!

Outro lugar é o Vila do Rei: ambiente agradável que tem buffet livre em fogão a lenha em com com preço de R$ 38,00 por pessoa.

Para o fim de tarde, a dica é um café, cappuccino ou frappuccino no bistrô da Casa Torta, que tem pães de queijo, salgados e petiscos no cardápio para acompanhar. Se preferir uma cervejinha, lá também tem! Não aceita cartão (não há sinal de internet).

À noite, a melhor pedida é o Atelier da Cerveja. Sob o aconchego de uma lareira e com uma vasta carta com mais de 80 cervejas artesanais, o pub ainda conta com sua própria cerveja, a Carma, e petiscos deliciosos para acompanhar. Os donos são super simpáticos e o atendimento é ótimo. Aceita cartão.

• Leve dinheiro pois alguns lugares não aceitam cartão, já que não há sinal de internet em todo o povoado.
• Há um posto de gasolina novo em Bichinho, logo na entrada.
• A estrada Tiradentes-Bichinho tem calçamento de pedras, mas está em ótimas condições. Não esqueça de observar o marco da Estrada Real que fica logo no início.

Cidades Vizinhas:

- Tiradentes: 08 km

- São João del Rei: 22 km

- Prados: 12 km

Capitais:

- Belo Horizonte: 198 km

- São Paulo: 538km

- Rio de Janeiro: 377km

- 2ª, 3ª e 5ª feiras:

Tiradentes-Bichinho: 5:50 - 07:00 - 16:15 - 17:30

Bichinho - Tiradentes: 0615, 07:30, 17:00 e 18:00h

- 4ª feira:

Tiradentes-Bichinho: 5:50, 07:00, 10:30, 16:15 e 17:30h

Bichinho - Tiradentes: 0615 - 07:30 - 11:00 - 17:00 - 18:00h

- Sexta-feira:

Tiradentes-Bichinho: 05:50 - 07:00 - 08:00 (vai ate Prados) - 16:15 - 17:30h

Bichinho - Tiradentes: 06:15 - 07:30 - 12:00 - 17:00 e 18:00h

- Sábado:

Tiradentes-Bichinho: 07:00 e 16:00h

Bichinho - Tiradentes: 07:30 e 17:00h

- Domingos e feriados:

Tiradentes-Bichinho: 08:30 e 16:00h

Bichinho - Tiradentes: 09:00 e 17:00h

Empresa responsável: Viação Vale de Ouro - Tel: (32) 3371-5119