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Museu da Moto de Tiradentes-MG

Claudir Carvalho • jul. 27, 2019
Museu da Moto Tiradentes MG

É comum encontrar nas estradas que levam a Tiradentes, grupos de motociclistas que vão para um rápido bate e volta ou para passar um fim de semana e aproveitar as muitas atrações turísticas que a região oferece. Em junho, eles tomam a cidade no Bike Fest, maior encontro de motociclistas da América Latina. Essa afinidade entre os motociclistas e a cidade levou à criação de um Museu exclusivamente dedicado às motocicletas.

Rômulo Batista Filgueiras empresário do setor duas rodas é o fundador do Museu da Moto. Ele herdou a paixão dos pais, que já rodavam numa Java 175cc 1956, e coleciona, desde os 15 anos de idade, livros, revistas, imãs de geladeira, miniaturas de motos, algumas de cristal alemão, de porcelana chinesa, de madeira, de sucata, além de isqueiro, apontador de lápis, baralho, brincos, canecas e vários outros objetos do tema numa coleção de mais de 3000 itens.

O Museu, com uma coleção de 85 motos (além de constante negociação para ampliar e compor o acervo) entre réplicas, modelos históricos, militares, agrícolas, scooters, vespas e lambretas, vindos de várias partes do mundo, está localizado a cerca de 300 metros da Estação Ferroviária, em um casarão construído na década de 1960,.

Na área de 360 m2, estão expostos modelos que vão do fim do século XVIII à década de 1990, restauradas por Rômulo, adquiridas de amigos, ou que herdou de seu pai. A maioria das motocicletas mais raras são fruto de um árduo trabalho de garimpagem em vários lugares do país. Há ainda expostos motores, miniaturas, peças, placas, utensílios, fotografias e curiosidades.

Acervo Museu da Moto Tiradentes

O Acervo

O acervo apresenta exemplares nacionais e importados de extrema relevância à cultura motociclística. Nos 7 cômodos do Museu, há mais de 3.000 itens em exposição: 85 motos e outros objetos seguindo a temática como miniaturas, peças e motores de motos.

Destaque para a moto mais antiga do Brasil: A FN fabricada na Bélgica em 1909, pela Fábrica Nacional de Armas de Guerra, com side-car de vime, potência do motor de 1,5 cv de força, farol a carbureto possui, como diferencial, transmissão por eixo-cardã, sistema que ficou imortalizado nos modelos BMW.

O Museu conta com uma réplica do Celerífero francês de 1790, veículo de madeira de tração humana, com roda de carroça e que só se movimentava em linha reta, considerado o conceito que deu origem às motos.

Possui também, da Draisiana alemã de 1817, a invenção do Barão Karl Wilhelm Friedrich Ludwig Drais, possuía um sistema de direção que permitia fazer curvas. Já a tração era fornecida pelos próprios pés, semelhante ao que se faz num patinete. O assento era com regulagem de altura e um freio rudimentar, porém eficientes para sua época.

Chamam atenção ainda a Triumph 500 de 1928, a Sarolea 350 de 1929 e a DKW 200 de 1935, pois motos antigas no Brasil abaixo da década de 40 são extremamente raras, porque vinham para o país muitas vezes em mudanças de imigrantes europeus.

A inglesa Royal Enfield 350 Bullet, de 1947, mostra que não houve alterações no modelo comercializado pela marca após a volta ao Brasil, via Índia. Há ainda uma Indian Chief 1946 com câmbio manual, uma Harley-Davidson Flathead 1947, com suspensão Springer (molas aparentes) na dianteira e os modelos Harley Davidson 1200, de 1.948, Zundapp 600, de 1950 e Ariel 500, de 1951. Da mesma época, há Vespas, Lambrettas, Jawas e a Salsbury – um scooter que imitava carros (tinha capô e acelerador no pé) para vencer a resistência dos compradores inseguros, um dos mais exóticos e raros do mundo, pois apenas 1.000 unidades saíram a linha de montagem americana em 1947.

Há ainda um exemplar da Indian Brave 250, de 1952. O modelo foi fabricado na Inglaterra sob licença da Indian norte-americana. Do Japão, marcam presença a Honda CD 90 e a Yamaha A-1 125 de 1964, a CUB S 90 1968, a Honda 125 dois cilindros e a Suzuki A-100 de 1969 e a Honda CB 50 de 1974.

O Museu exibe também a 29ª moto Honda produzida no Brasil: a CG 125 “bolinha” 1976 é a mesma usada pelo rei Pelé na campanha de marketing do lançamento da moto e tornou-se o modelo mais vendido do País. Há exemplares também da Yamaha RD 50, a saudosa “cinquentinha”, pioneira entre as japonesas em escala industrial no Brasil, com fábrica em Guarulhos-SP. E da genuinamente brasileira Xispa, de 1973, baseadas nas Lambrettas, mas com jeito de moto.

A Suzuki Katana 750, de 1981, com motor de quatro cilindros e a Honda XL 250 de 1982, também fazem parte do acervo. Da Alemanha veio a BMW K1, a primeira moto a sair de fábrica com freios ABS. Seu motor com 1.171 cm³ de capacidade oferecia 100 cv de potência máxima.

Há exposta também uma Aprillia Motó 650, com motor Rotax austríaco, desenhada pelo renomado artista e designer Phillippe Starck, inventor de objetos clássicos na Pop Art e que assina mais de 10 mil projetos entre arquitetura e design de interiores.

Além disso, tem também a ala das espanholas, com destaque para a Montesa H6 360 fora de estrada, que reinava nas trilhas, com motorzão dois tempos e que foi montada no Brasil (no Paraná) e descontinuada por força da então “reserva de mercado” imposta para “proteger” a indústria nacional.

Outras raridades ficam por conta de exemplares fabricados na Hungria, Belarus, Rússia, Inglaterra e na extinta Tchecoslováquia, por marcas que deixaram de existir.

Além das motos e bicicletas de uso normal, alguns veículos curiosos fazem parte do acervo, como a norte-americana Rokon Ranger, com pneus largos que lembram os de um trator e tração nas duas rodas, que era usada principalmente em serviços agrícolas, e um raro scooter Salsbury, fabricado na Califórnia, Estados Unidos, na década de 1940, com formas arredondadas e design futurista. Há também capacetes antigos, dioramas, placas e registros fotográficos importantes.

Acervo Museu da Moto Tiradentes MG

Quem visita o Museu é recebido pelo próprio Rômulo e sua esposa Andressa, que mostram a história da moto desde a invenção da bicicleta, através de réplicas em tamanho natural do Celerifero e da Draisiana até chegar às motocicletas atuais.

O museu conta com amplo estacionamento, loja de souvenirs, espaço para shows e café anexos. Terminais multimídias e espaços áudio visuais auxiliam a visita.

O empresário e motociclista pretende no futuro ampliar as instalações do museu com mais espaço para motos, sala de restauração, biblioteca e acervo para consultas. Em função de toda esta literatura será possível remontar uma moto como se fosse zero quilômetro, seguindo os padrões de originalidade conforme as publicações e catálogos de época.

O Museu da Moto de Tiradentes atrai um público de várias idades e classes econômicas, que pagam apenas R$ 10 (crianças não pagam) de entrada, sendo que parte da renda é destinada ao Asilo de Tiradentes.

Hoje, o Museu da Moto abre suas portas conforme o calendário de eventos de Tiradentes. Por isso, para conferir as datas de funcionamento siga a página do museu no Facebook: https://www.facebook.com/museudamotomg/.

Espaço Museu da Moto Tiradentes

Endereço:
Av. Israel Pinheiro, 35,Tiradentes – MG

Funcionamento:
O Museu funciona em dia programados, as datas são divulgadas na página do facebook do Museu.

Entrada: R$10,00 - crianças não pagam

Logo Museu da Moto Tiradentes
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